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Rentabilidade das empresas em 2010 é a maior desde 2007
Setor de serviços é o destaque com maior rentabilidade e maior nível de investimento no ano, com taxa de 14,1%
Em 2010, a rentabilidade total das empresas brasileiras dos três setores  da economia – indústria, comércio e serviços – foi a maior desde 2007 e  atingiu 10,3%. De 2007 a 2009, este índice ficou respectivamente em  9,7%, 5,9% e 6,2%. São dados do estudo da Serasa Experian com base nos  primeiros balanços encerrados em 31 de dezembro de 2010, registrados em  sua base de dados entre janeiro e março de 2011.
O estudo avaliou o desempenho de 1.155 empresas tanto de capital  aberto como de capital fechado, de grande, médio e pequenos portes, dos  três setores da economia: indústria, comércio e serviços. A análise  revela que as empresas brasileiras apresentaram resultados positivos,  medidos pelos indicadores de receitas, lucros e de ativos.
A evolução do faturamento geral também foi recorde, com 11,3% de  crescimento em 2010, superando o ano de 2007 que tinha atingido 8,4% de  crescimento. O ano de 2010 foi marcado pela excelente dinâmica da  economia brasileira. As empresas foram beneficiadas pelo cenário  favorável de emprego e renda da população, pela expansão creditícia,  favorecendo a elevação do consumo interno.
Setores
Na análise por setor, as empresas atuantes no setor de serviços  apresentaram rentabilidade de 14,1% em 2010, e superaram o resultado  apresentado pela indústria e pelo comércio. A apreciação do real frente  ao dólar causou um efeito positivo no custo financeiro das empresas com  dívidas em moeda estrangeira. O faturamento dos serviços também  evidenciou crescimento de 5,2% em 2010, beneficiado por fatores como  aumento do nível de emprego, melhoria da renda, reativação industrial,  crescimento do varejo e aumento da procura por serviços bancários.
O comércio apresentou crescimento de 9,0% no faturamento em 2010,  impulsionado pela demanda interna que se manteve aquecida. O cenário  favorável de emprego e renda da população, das reduções tributárias  pontuais e da retomada industrial, garantiu o excelente desempenho de  vendas.
O comportamento da receita também é sustentado pela expansão do  crédito concedido aos clientes, que apresentou crescimento de 63,7% no  período de 2007 a 2010, bem superior à evolução das obrigações com  fornecedores, que cresceram 39,9% no mesmo período. Redes varejistas têm  prolongado prazos de pagamento das compras de eletrodomésticos,  eletrônicos e equipamentos de informática.
A indústria apresentou a melhor recuperação de faturamento em relação  aos demais setores, com crescimento de 16,8%, em parte por causa da  redução causada pela queda de 4,7% em 2009, quando foi impactada pela  crise econômica mundial. A retração das exportações e os elevados  estoques restringiram a retomada do nível de atividade do setor, o que  manteve o índice de produção industrial inferior frente ao de 2008.
Já em 2010, a atividade da indústria foi impulsionada pelo aumento da  renda real, do emprego e do crédito e, pelas isenções tributárias  pontuais para a produção de veículos leves, bens de capital, material de  construção, móveis e eletrodomésticos da linha branca.
O setor industrial também apresentou significativa melhora da  rentabilidade que atingiu 12,7% em 2010, melhor índice no período do  estudo. As margens foram favorecidas pelo aumento das receitas, o que  contribui para a absorção dos gastos fixos e pelo reflexo positivo da  taxa de câmbio para segmentos no qual parte dos custos é importada, bem  como para as empresas com dívidas em dólar, cuja cotação em queda  reduziu as dívidas, em reais, que se refletem na melhora do resultado  financeiro.
Com uma forte geração de lucro em 2010 foi possível ampliar os  investimentos em ativos, que passaram a representar 10,4% do  faturamento. Os investimentos são direcionados para elevar a capacidade  instalada, além da modernização do parque fabril e aquisições de  empresas, estratégia utilizada, inclusive, para ampliar os mercados.


